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Efeitos do aumento progressivo do peso corporal na função pulmonar em seis grupos de índice de massa corpórea

OBJETIVO: Avaliar os efeitos do aumento progressivo do peso corpóreo na função pulmonar através da saturação periférica de oxigênio, espirometria e pressões respiratórias máximas em diferentes graus de obesidade. MÉTODOS: Estudo transversal, incluindo 140 pacientes em avaliação clínica e cirúrgica para tratamento de obesidade. Os pacientes selecionados foram divididos em seis grupos de índice de massa corpórea (IMC), incluindo um grupo-controle de não obesos e a subdivisão dos obesos mórbidos em três subgrupos. RESULTADOS: Foram demonstradas diferenças significativas entre os grupos na saturação periférica de oxigênio (SpO2) (p < 0,001), capacidade vital forçada (CVF) (p < 0,002; p < 0,02) e volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) (p < 0,001; p < 0,03), em valores relativos e absolutos, respectivamente. O grupo VI (IMC > 50,9 kg/m²) demonstrou diferenças significativas (SpO2, CVF e VEF1) em relação aos demais grupos (exceto grupo V) e o grupo V (IMC > 45 a 49,9 kg/m²) em relação ao grupo-controle. As demais variáveis (razão VEF1/CVF, fluxo expiratório forçado 25-75 [FEF25-75] e pressões respiratórias máximas) não apresentaram diferenças estatísticas. CONCLUSÃO: A função pulmonar sofre influência do aumento progressivo do IMC, com as alterações funcionais respiratórias sendo mais bem demonstradas com o IMC > 45 kg/m² e ficando bem mais acentuadas quando o IMC excede a 50,9 kg/m².

Espirometria; testes de função respiratória; obesidade; obesidade mórbida; estudos transversais; índice de massa corporal


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