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Crenças e práticas dos profissionais de saúde face à obesidade: uma revisão sistemática

Apesar da implementação de diversas medidas de intervenção, o número de obesos continua alto, fato que motiva interesse sobre o assunto, para que se possa contribuir para atenuar essa situação. Alguns autores têm procurado compreender o papel que os profissionais de saúde, principalmente os relacionados aos cuidados de saúde primários, parecem exercer nesse contexto. No presente artigo, pretendeu-se sintetizar os principais resultados de investigações relativas as crenças, atitudes e práticas de profissionais de saúde, visto que essas parecem influenciar negativamente em suas ações. As palavras obesity, beliefs, healthcare professionals, general practicioners, attitudes, practices, health physicians e family practicioners foram introduzidas em bases de dados tais como EBSCOHost, ScienceDirect, PsychInfo, PubMed e SciELO. Foram analisados 13 estudos, datados entre 1991 e 2011. Os dados indicam a ausência de conhecimentos e de competências adequados à obesidade, o que parece contribuir para o desenvolvimento de crenças ambivalentes e de atitudes negativas diante dos obesos, descrevendo-os como desmotivados, preguiçosos e com ausência de autocontrole. Esses profissionais consideram que lidar com o problema da obesidade não é facil, manifestando abertamente baixas expectativas de resultados quanto à perda de peso, e por isso, mal-sucedidos. As práticas demonstradas são inconsistentes, refletindo algum ceticismo quanto à eficácia das intervenções existentes. Torna-se peremptório alertar os profissionais de saúde, quer durante o seu processo de formação, quer durante a sua vida profissional, para o impacto que as crenças relativas à obesidade podem exercer nas suas práticas, as quais poderão comprometer o tratamento adequado e eficaz dos indivíduos obesos.

Conhecimentos; atitudes e prática em saúde; obesidade; medicina geral


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