Este trabalho tem por objetivo realizar uma análise do processo de escolha de candidaturas nos quatro maiores partidos brasileiros (DEM, PMDB, PSDB e PT), levando em conta a percepção dos candidatos sobre tal processo -uma perspectiva ainda pouco abordada no Brasil. A partir desta análise, estabeleceram-se critérios empíricos para a mensuração da democracia interna nos partidos políticos. Para tanto, aplicamos um survey a 120 candidatos à deputado federal nas eleições de 2010. O marco de análise utilizado foi o proposto por Freidenberg (2003) para a definição e mensuração de democracia interna e Hazan e Rahat (2010) para o processo de seleção de candidatos. A hipótese é que seleções mais inclusivas e realizadas por meio de votação produzem partidos mais democráticos. Os resultados apontam que partidos com participação de instâncias organizativas médias (como delegados) e que mobilizam o voto para a tomada de decisão nem sempre apresentam melhores índices de representatividade.
seleção de candidatos; democracia interna; partidos políticos; recrutamento político; eleições