Este artigo tem como principal objetivo a apresentação das bases sociais e ideológicas da seleção da elite médica no Brasil. Em primeiro lugar, pretende introduzir uma discussão conceituai relativa às relações de reciprocidade em instituições oficiais no Brasil, tendo como base empírica a Academia Nacional de Medicina. Em segundo lugar, fundamentado em algumas trajetórias representativas dos componentes desta academia, em diferentes períodos de sua existência, procura caracterizar um padrão geral de concepção e práticas sociais e políticas. Por fim, busca examinar os significados do título escolar enquanto recurso para ascensão social e recrutamento de elites no Brasil.
elite médica; trajetória profissional; instituições médicas; origem familiar; poder político