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O fim da cognição? Os estudos de ciência e tecnologia desafiam o conceito de agente cognitivo

The end of cognition? Science and technology studies challenge the concept of the cognising agent

O conceito de 'cognição' ocupa um lugar central em ampla literatura nas ciências sociais e na filosofia, onde um pressuposto-chave consiste na conceituação do agente cognitivo enquanto unidade central de análise. Entretanto, desdobramentos recentes nos Estudos de Ciência e Tecnologia (ECT) questionam este pressuposto e sugerem as bases para a sua modificação. Este trabalho descreve e avalia estes desdobramentos. Ele examina algumas críticas à visão largamente aceita de ciência e sugere que não menos que uma ampla inversão analítica é necessária para desafiar certos conceitos arraigados sobre cognição. A partir de uma revisão panorâmica de sucessivas tentativas de estabelecer simetria nos ECT, o presente artigo considera três conjuntos de pressupostos-chave em relação à agência: 1. o que faz o agente?; 2. qual a natureza do agente?; e 3. por que agentes humanos deveriam possuir o monopólio dos atributos humanos?

cognição; agência; ceticismo etnográfico; prática científica


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