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Uma interpretação do Brasil como doença e rotina: a repercussão do relatório médico de Arthur Neiva e Belisário Penna (1917-1935)

A divulgação do relatório da viagem científica promovida pelo Instituto Oswaldo Cruz em 1912 ao Norte e Nordeste do Brasil, realizada por Arthur Neiva e Belisário Penna, suscitou debates e ocupou espaço em revistas de letras e ciências. No documento, as populações do interior do país foram caracterizadas pelas imagens de doença, isolamento, geográfico e cultural, analfabetismo, pobreza e vocação para regredir. Essas imagens do sertão foram criticadas no periódico A Informação Goiana, editado por médicos que não admitiam ser o interior definido como 'doente' e 'atrasado'. Este artigo analisa as formas pelas quais o relatório Neiva-Penna se destacou e tornou-se referência para controvérsias intelectuais sobre a questão nacional no Brasil.

viagens científicas; sanitarismo; sertão; nacionalismo; Brasil


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