Analisa o diálogo do eugenista Renato Kehl com um grupo de psiquiatras brasileiros que, no início da década de 1930, aproximaram-se da chamada eugenia negativa. Entusiasmados com as pesquisas e a aplicação de medidas eugênicas em países como os EUA e a Alemanha, autores como Ernani Lopes, Ignácio da Cunha Lopes, Alberto Farani e Antonio Carlos Pacheco e Silva elegeram a religião católica como empecilho para que o Brasil pudesse seguir caminho semelhante, especialmente quanto à resistência à implantação da esterilização dos ditos 'degenerados' que passara a vigorar na Alemanha em 1934. O artigo mapeia as diferentes estratégias propostas pelos autores para dialogar com a Igreja católica.
história da eugenia; história da psiquiatria; catolicismo; degeneração e esterilização; Renato Kehl (1889-1974)