Este artigo analisa aspectos da atuação da Inspeção Médica Escolar, órgão criado em 1911 como dependência do Serviço Sanitário de São Paulo e transferido em 1916 para a pasta da Instrução Pública. Detém-se, de modo mais específico, sobre as práticas de exame individual dos alunos, buscando compreender os propósitos a que responderam, seu papel na configuração de padrões de normalidade e anormalidade, bem como o componente racial que presidiu tais práticas. Para tanto, toma como fontes artigos publicados no periódico Imprensa Médica, obras escritas pelo médico-chefe do órgão, Balthazar Vieira de Mello, e os Anuários do Ensino, publicação oficial da Diretoria Geral da Instrução Pública.
escolarização; infância; higiene escolar; inspeção médica; raça