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“Exame bento” ou “foto do bebê”? Biomedicalização e estratificação nos usos do ultrassom obstétrico no Rio de Janeiro

Resumo

A partir de etnografias realizadas em serviços públicos e privados do Rio de Janeiro, sustentamos que a difusão do fenômeno de (bio)medicalização varia de acordo com o estrato social das gestantes, produzindo corpos fetais e gestantes, assim como processos gestacionais, totalmente diversos, dependendo da camada social das mulheres atendidas. Tomando a premissa fundamental de que a biomedicalização consiste em uma transformação no processo de medicalização pela incorporação crescente da tecnociência à biomedicina, o universo observado evidencia diferentes estágios dessa transformação, acompanhando, de modo consistente, a estratificação social das grávidas submetidas ao exame de ultrassom.

ultrassom obstétrico; biomedicalização; estratificação; estudos sociotécnicos; etnografias

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