Resumo:
O artigo investiga o processo de circulação de saberes ocorrido, nas primeiras décadas do século XX, entre os pesquisadores sul-americanos Edmundo Escomel (Peru) e Alfredo Da Matta (Brasil) e os europeus Alphonse Laveran (França) e Patrick Manson (Inglaterra) no que diz respeito à definição e validação da espundia como uma enfermidade particularizada da América do Sul, ao mesmo tempo que se postulava a necessidade do seu enquadramento no recém-criado grupo de moléstias denominado “leishmanioses”. Compartilhando a recente preocupação em pensar a pesquisa histórica para além dos limites impostos pelo Estado nacional como categoria organizadora da narrativa, dialoga com alguns apologistas da história global/transnacional situando o caso específico nessa perspectiva analítica.
Palavras-chave:
leishmanioses; espundia; medicina tropical; circulação de saberes; assimetrias