Resumo
O rábula Evaristo de Moraes e o médico Nina Rodrigues elaboraram investigações sobre o comportamento criminoso de Marcelino Bispo – autor do atentado contra Prudente de Moraes em 5 de novembro de 1897 – indicando uma questão comum: a responsabilidade penal. Reivindicando adesão aos postulados da antropologia criminal, compartilhavam a convicção de que a responsabilidade penal do anspeçada deveria ser atenuada em função de seu caráter sugestionado. A despeito das semelhanças, o uso específico que cada um deles faz das contribuições da criminologia não nos permitiria identificar diferentes formas de apropriação de igual matriz intelectual? O objetivo deste artigo é analisar as convergências e divergências argumentativas de ambos em suas análises.
antropologia criminal; Primeira República; racialismo; Evaristo de Moraes (1871-1939; Nina Rodrigues (1862-1906