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O útil, o sagrado e o mais-que-sagrado no Xangô de Pernambuco

Resumo

O sagrado e o útil encontram-se intimamente associados no Xangô de Pernambuco. O processo de iniciação coincide largamente com a busca da cura, enquanto os sacrifícios são ao mesmo tempo bons para rezar e para comer. Não existe portanto, ao contrário do que poderia pretender uma interpretação demasiadamente literal da sociologia da religião de Durkheim, uma separação radical entre o sagrado e o profano. Há entretanto, na experiência religiosa do Xangô, um momento em que o sagrado paira acima de toda análise funcional, transformando-se desta maneira no mais-que-sagrado, que transparece na festa e no transe extático. E é dessa experiência transcendente, implicando na comunhão emocional do grupo de culto, que surge a identidade mais íntima de cada fiel.

Palavras-chave
cura; religiões afro-brasileiras; sacrifício; Xangô

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