Este ensaio discorre sobre o atributo narrativo da imagem. Parte do pressuposto de que a imagem como discursiva em si, revela a intenção de um real como puramente dado, exterior aos códigos de apreensão do humano ato de sociabilidade. Busca compreender, enfim, por que, mesmo em época de uma interatividade intensa sobre a virtualidade dos objetos, onde a imagem passa a ser atributo de apreensões, modificações e visitações virtuais cada vez maiores, o código do real como objeto de apreciação do lugar de origem indiciário ainda permeia o pensamento sobre a imagem. Como se ela contivesse um discurso em e por si mesma, como originando primevos atos narrativos da ligação do homem com o homem e a natureza que o cerca.
imagem e discurso; imagem e narrativa; imagem fotográfica; real e ilusão do real