O pentecostalismo possui um importante papel de tradução dos imaginários políticos. Ele traduz o imaginário da transparência no imaginário das forças invisíveis e vice-versa. Nesta condição ele fornece bases identitárias à diferenciação que induz. Se o pentecostalismo pode ser visto como instituinte da sociedade através destas identidades e destas diferenciações concedidas, ele não constitui, porém, um forte instituinte do político. Esta fraqueza, que talvez resulta de uma nostalgia em relação às formas originárias do Estado absolutista, traduz também a timidez dos pesquisadores diante das formas políticas inéditas.
globalização; pentecostalismo; política; teologia