Tomando por base a argumentação de MacCannell, segundo a qual os turistas são estruturalistas arquetípicos em busca de "imagens autênticas" de um tempo mítico, este artigo analisa a forma como o património é utilizado para fornecer o suporte cenográfico necessário à construção dos destinos turísticos. Ilustrando com um caso de activação patrimonial numa localidade de forte tradição piscatória do litoral português, procura-se simultaneamente acrescentar uma reflexão sobre a reciprocidade existente entre os usos simbólico, político e económico do património quando os vários actores sociais se envolvem na sua activação.
identidade; memória; património; turismo