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"Mientras volaban correos por los pueblos": autogoverno e práticas letradas nas missões Guarani - século XVII

Em meados do século XVIII foi firmado o Tratado de Madri (1750) entre as duas monarquias ibéricas, procurando definir uma nova fronteira na América meridional. Esse tratado refletiu-se de maneira acentuada entre os índios Guarani aldeados sob a tutela da Companhia de Jesus, deflagrando uma rebelião colonial conhecida na historiografia como Guerra Guaranítica (1754-1756). Esse período foi marcado por uma intensa troca de correspondência entre jesuítas, autoridades peninsulares e os Guarani. A elite letrada das missões, através dos índios principais, externaram seu ponto de vista por escrito, procurando anular ou impedir a execução desse tratado. Os documentos produzidos pelos Guarani sublevados diante da presença das comissões demarcadoras na América meridional, seja na forma de bilhetes, cartas ou avisos, permitem repensar as relações estabelecidas entre esses índios e a escrita, e sinalizam uma discussão pouco referida pela historiografia, ou seja, a existência da defesa por escrito do ponto de vista nativo.

escrita indígena; Guerra Guaranítica; missões guarani; práticas letradas


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