Neste artigo, investigo a instituição de Goiás como uma cidade histórica e turística, entrelaçando séries discursivas que conferem visibilidade e sentidos à cidade ao trabalhar as relações do espaço urbano, o tempo e a história: a delimitação da cidade como bem cultural por meio da incorporação na ordem do discurso do Patrimônio Nacional; a invenção das tradições locais promovida pela Organização Vilaboense de Artes e Tradições; a produção da cidade "Patrimônio da Humanidade" no Dossiê de Goiás e a escrita da memória de Cora Coralina, que configura significados para o passado inscrito na textura material da cidade.
cidade; literatura; memória; patrimônio