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O território da arte: da nação ao indivíduo, valores antagônicos na afirmação da autonomia da forma

Procuramos conjugar o discurso estético e a dimensão institucional das artes plásticas para investigar as transformações ocorridas nesse campo em meados do século XX, no Brasil. O período entre 1945 e 1960 explicitou o processo de formulação e afirmação de um conjunto de valores artísticos nos quais as noções de autenticidade e singularidade estavam intrinsecamente relacionadas à idéia de liberdade (de experimentação artística e posicionamento político) e ao universalismo do projeto revolucionário francês. Esse processo foi acompanhado de perto por um grupo pequeno, mas influente, de críticos de arte brasileiros que ecoaram no Brasil essas discussões, transformando o ambiente artístico nacional. A incorporação daqueles valores e a participação dos críticos nas instituições artísticas que se inauguraram no mesmo período criaram uma nova arena de produção e crítica de arte no Brasil centrada no indivíduo e distanciada das antigas questões de identidade nacional e nacionalismo que vinham pautando o campo de produção artística, com mais ou menos intensidade e focos diferentes, desde meados do século XIX.

arte moderna; autonomia da forma; estética; nacionalismo


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