Nesse artigo analiso a presença do chamado grande público em exposições de artes plásticas. Primeiro enfoco a proliferação, a partir da década de 1970, de centros culturais e de instituições com algumas de suas características, onde parte considerável das exposições voltadas para esse público é oferecida. Em seguida, abordo dimensões políticas desse afluxo registradas em estudos sociológicos a respeito do contato da população com objetos de arte legitimados pelas classes privilegiadas. Finalmente, baseados em pesquisa etnográfica, reflito sobre as especificidades e as continuidades das exposições de artes plásticas frente a outras situações de apresentação de produtos artísticos, atentando para o significado da presença do público nelas e para conseqüências analíticas de seu estudo.
arte; centros culturais; exposições de arte; público