Este artigo analisa a maneira como Margaret Mead concebeu e utilizou as imagens tomadas por Gregory Bateson em Bali (1936-1939) para desenvolver um estudo, quase dez anos depois, sobre o comportamento infantil balinês. Notam-se as limitações tanto da metodologia adotada por Mead quanto do bias político-ideológico que perpassou esse trabalho realizado durante a Guerra Fria. Tento discutir estas limitações tanto quanto sintetizar possibilidades de abordagem das imagens. Pranchas fotográficas foram selecionadas e reproduzidas para mostrar as diferentes perspectivas de abordagem das fotografias, nos trabalhos balineses e no Atlas do comportamento infantil, produzido pelo doutor Arnold Gesell.
Bali; infância; Margaret Mead; observação fotográfica