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A partilha do sofrimento: relações instrumentais entre animais de laboratório e sua gente

É importante que as "condições compartilhadas de trabalho" em um laboratório experimental nos façam entender que as entidades com limites totalmente seguros chamadas indivíduos possessivos (imaginados como humanos ou animais) são as unidades erradas para considerar o que está acontecendo. Isso signifi ca não que um determinado animal não importa, mas que o importar está sempre dentro de conexões que exigem e possibilitam resposta, não classificação ou calculação nua e crua. Neste artigo, ao colocar em diálogo personagens reais com personagens ficcionais, filósofos com biólogos, proponho repensar as relações instrumentais entre animais de laboratório e sua gente, centrando esforços no trabalho epistemológico, emocional, e técnico necessário para práticas de cuidado e de partilha não mimética. Argumento que a moralidade necessária para o fl orescimento multiespécies vai além de hierarquias taxonômicas, filosofias humanistas ou garantias religiosas. Exige uma forte sensibilidade não antropomórfi ca atenta a diferenças irredutíveis

antropologia da ciência; espécies companheiras; ética de pesquisa; experimentação animal


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