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A respeito da materialidade do patrimônio imaterial: o caso do INRC Porongos

O colecionamento e a conservação de "bens culturais" vêm ganhando em complexidade pela inclusão de temas oriundos de minorias étnicas e econômicas. Apesar do consenso relativo ao conceito de patrimônio cultural proposto pela Unesco, a definição do que deve ser preservado e celebrado como "bem cultural" pode ser objeto de lutas políticas, jurídicas, econômicas e sociais. Visando refletir sobre as consequências dessas lutas, este artigo aborda o processo de inventário de referências culturais em torno do Massacre de Porongos, evento da Revolução Farroupilha (1835-1845) que vem servindo de apoio à configuração de uma identidade negra e gaúcha no Rio Grande do Sul. Segundo os autores, apesar de se apresentar no registro de "patrimônio imaterial", o processo de inventário possibilitou a fabricação de um "corpo" (de textos e imagens) e a delimitação de "lugares" (de memória) a partir dos quais os referentes culturais ditos "imateriais" vêm se inscrever.

cultura material; inventário de referências culturais; Massacre de Porongos; patrimônio cultural


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