Este artigo pretende discutir as dimensões que assumem as noções de trabalho, memória e patrimônio nas narrativas de antigos trabalhadores da Fábrica Rheingantz, localizada em Rio Grande (RS). Essa fábrica, fundada no final do século XIX, foi uma das bases sobre a qual se articulou a economia e urbanização dessa cidade, constituindo-se em referência e marco simbólico da Rio Grande moderna. Os remanescentes do complexo fabril figuram hoje como restos de passado num presente tensionado entre as reivindicações patrimoniais e a lógica do mercado imobiliário numa cidade que vivencia um novo ciclo de crescimento econômico.
Fábrica Rheingantz; memória; patrimônio; trabalho