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"Um campo de refugiados sem cercas": etnografia de um aparato de governo de populações refugiadas

Através do trabalho etnográfico realizado em um dos programas assistenciais da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, o Centro de Acolhida para Refugiados (CAR), o presente artigo procura descrever a malha de relações estabelecidas pelo aparato de governo das populações refugiadas no Brasil. Conectado a organizações como o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, o Comitê Nacional para Refugiados, dentre outras organizações, o trabalho do CAR é parte de um dispositivo institucional mais amplo, que envolve, além da assistência humanitária, ações simultâneas de administração e controle que perpassam essa população. Procuro, assim, compreender como tal aparato coloca em operação um mecanismo de governo - aqui denominado olho do Estado - e como este produz um sujeito que lhe seja apreensível, a partir da análise das relações estabelecidas entre os refugiados e as diversas organizações com as quais entram em contato ao solicitarem refúgio: o "campo de refugiados sem cercas".

aparato de governo; Estado; organizações; refúgio


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