Resumo
O presente artigo parte de pesquisa etnográfica realizada na região conhecida como Cracolândia no centro de São Paulo. Seu objetivo é discutir uma operação para inclusão de beneficiários no De Braços Abertos a partir da experiência de uma jovem excluída do programa. Procuro tratar dos modos de funcionamento, práticas e categorias acionadas pelos agentes nessa intervenção, problematizando a noção de vulnerabilidade, bem como seus efeitos na trajetória dessa personagem. Partindo de seu percurso e reflexões, argumento que o Estado produz “labirintos” ao induzir e condicionar o movimento de diversos sujeitos na cidade.
Palavras-chave:
Cracolândia; gestão do espaço urbano; inclusão; vulnerabilidade