Este artigo empreende uma reflexão teórico-crítica sobre os usos do corpo humano ao longo das diferentes etapas do capitalismo, desde seu surgimento, na Era Moderna, até a contemporaneidade, considerando-se as lógicas da produção e do consumo. Ao fim deste processo, argumentamos que o atual corpo hedônico, supostamente liberto de amarras morais e disciplinares, ainda carrega, como inconvenientes hematomas, todas as marcas deixadas pelos diferentes usos e desusos que sofreu ao longo do capitalismo. Por fim, questionamos brevemente as possibilidades de novas batalhas serem travadas a fim de que reinventemos corpos possíveis e desejáveis, para além das lógicas de submissão e controle.
Corpo; Capitalismo; Modernidade; Pós-modernidade; Subjetividade