O trabalho analisa os discursos/práticas especialistas, em funcionamento desde fins do século XIX, como mecanismos de normatização de valores e comportamentos da infância/família brasileira. Utilizou-se a abordagem genealógica para pesquisar conteúdos veiculados nos Arquivos Brasileiros de Higiene Mental. Objetivou-se promover visibilidade de especialistas do conhecimento, fomentando uma desnaturalização de práticas/saberes considerados verdades universais. Identificaram-se fundamentos políticos, ideológicos e morais que sustentam discursos/práticas contemporâneos supostamente neutros e, frequentemente, acrescidos de assistencialismo e/ou militância. Aponta-se para necessidade de reavaliações das implicações políticas, éticas e sociais presentes tanto na formação como nas práticas psi.
Infância; Família; Norma; Genealogia; Especialismos