Trata-se da compreensão da experiência do "súbito" na psicoterapia existencial, como vivência fundamental ao processo de automovimento do cliente, através das literaturas de Lispector e de Sartre, as quais servem de fio condutor à explanação da eclosão do instante epifânico ou insight fulminante, onde o cliente, ao confrontar-se com sua situação existencial, vê-se em estado iluminante e desconstrutor de seu modo peculiar de ver e entender as coisas. Nesse sentido a escolha ficcional desses escritores torna-se terapêutica, no sentido mais profundo que essa palavra possa ter, permitindo uma reordenação de nosso ser-no-mundo.
"Súbito"; Psicoterapia existencial; Clarice Lispector; Jean-Paul Sartre