O objetivo deste artigo é trazer à cena um outro pólo de um esquema comparativo que tradicionalmente toma como referência os Estados Unidos e que aparece em muito menor destaque nas análises clássicas sobre as relações "raciais": a África do Sul. O foco desta comparação serão os relacionamentos afetivo-sexuais "inter-raciais" em ambos os países. Tais relacionamentos, sejam eles formais ou não, são tidos como uma espécie de sismógrafo do grau e extensão do preconceito e da discriminação "raciais" e fornecem um rico campo exploratório para o inter-cruzamento e análise sobre alguns arranjos possíveis entre "raça", sexualidade e gênero.
Raça; Sexualidade; Nação; Literatura; Gênero; Brasil; África do Sul