A partir do estudo do programa Globo Repórter, este artigo discute as articulações percebidas na mídia entre natureza e as questões de gênero. Selecionamos dois programas exibidos em semanas consecutivas que empreendem um grande esforço para explicar as diferenças de gênero e o amor materno a partir de noções essencialistas e do privilégio do corpo biológico, indo ao encontro do que as ciências médicas vêm se empenhando em defender na busca de descobertas de "verdades" sobre o tema, e em detrimento dos aspectos sócio-culturais dessas construções.
Mídia; Corpo; Gênero; Ciência