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O ato de testemunhar: violência, gênero e subjetividade

The act of witnessing: violence, poisonous knowledge and subjectivity

O contexto é a Partição da Índia em 1949, que levou à criação do Paquistão, visto a partir da cultura punjabi (o Punjab era a província mais próxima da fronteira com o novo estado) e, particularmente, através dos olhos de Asha que, aos 21 anos, em 1941, ficara viúva e passara a viver com a família do falecido marido. As transformações impostas pela Partição alteraram essa situação e levaram Asha às seguintes reflexões. A comida de uma filha nunca é pesada para os pais. Mas quanto viverão nossos pais? Quando até dois pedaços de pão são sentidos como "pesados" por nosso próprio irmão... é melhor manter a honra ... e fazer sua paz... e viver onde se está destinada a viver. A exegese dessas reflexões constitui o núcleo analítico do texto. E, sobre a partição, a autora não se pergunta como os acontecimentos estavam presentes nas consciências como acontecimentos passados, mas como vieram a ser incorporados na estrutura temporal das relações.

Partição da Índia; Violência; Gênero; Relações Familiares; Punjab


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