Dois episódios ocorridos em 2011, no Brasil, obtiveram notoriedade por colocar em rota de colisão a liberdade de expressão e o combate ao sexismo: uma piada do humorista Rafinha Bastos sobre estupro e uma propaganda de roupas íntimas na TV. O artigo discute os dois casos, reconstituindo a polêmica e os argumentos mobilizados pelas posições em conflito. Conclui que, em ambos os casos, restrições à expressão se justificam, mas por motivos diferentes: a incitação ao ódio, num caso, e o baixo valor social da publicidade comercial, no outro.
Sexismo; Liberdade de Expressão; Humorismo; Publicidade Comercial