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“Vou pra rua e bebo a tempestade”1 1 Referência aos versos de Chico Buarque de Holanda na música Bom Conselho: “Eu semeio o vento na minha cidade, vou pra rua e bebo a tempestade”. Crítica ao ditado popular “Quem semeia vento colhe tempestade”. Ouvir em: https://www.youtube.com/watch?v=wkcYU699Jj0. :observações sobre os dissabores do guarda-chuva do tráfico de pessoas no Brasil

Resumo

Este artigo analisa um dos aspectos da definição de “tráfico de pessoas”: a escravatura ou práticas similares à escravatura. Apresenta a história da categoria nativa “trabalho escravo”, conforme utilizada atualmente no Brasil, para que se possa corretamente diferencia-la da categoria internacional “tráfico de pessoas” ou das campanhas contemporâneas contra “sex trafficking” e “modern slavery”. Aponta para as idiossincrasias da introdução da agenda antitráfico no Brasil, após a ratificação do Protocolo de Palermo, sobretudo sua potencial capacidade de enfraquecer pautas históricas da sociedade brasileira, como o enfrentamento ao racismo e a luta pela reforma agrária e pelos direitos dos trabalhadores.

Trabalho Escravo; Tráfico de Pessoas; Escravidão; Congresso Nacional

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