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A antropologia e o processo de cidadanização da homossexualidade no Brasil* * As ideias presentes neste artigo foram apresentadas em comunicações orais à 29 Reunião da Associação Brasileira de Antropologia (Natal, 3 a 6 de agosto de 2014) e ao seminário de comemoração dos 20 anos do Pagu (Campinas,10 a 12 de setembro de 2014). Além de disso, uma primeira versão deste texto foi publicada em francês (Carrara, 2013).

Resumo

Com o intuito de contribuir para a reflexão mais geral sobre as articulações entre ciência e política, discuto neste artigo como, na prática, se constrói o conhecimento dos antropólogos que, em contínuo trânsito pelas fluidas fronteiras entre o ativismo LGBT e a reflexão acadêmica, tornaram-se atores importantes no processo de cidadanização da homossexualidade no Brasil. Tomo como referência dois contextos históricos distintos. O primeiro deles situa-se entre finais dos anos 1970 e meados dos anos 1980, quando o movimento começa a se organizar no Brasil. O segundo, no qual se desenvolve minha própria experiência de pesquisa, corresponde, grosso modo, à primeira década dos anos 2000.

Antropologia; Homossexualidade; Movimento LGBT; Política Sexual; Brasil

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