Resumo
O objetivo deste artigo é analisar os protestos contra a visita de Judith Butler ao Brasil, em 2017, à luz de sua própria reflexão sobre ódio, medo, violência, reconhecimento e liberdade, com especial atenção à sua obra publicada a partir da década de 2000. Minha hipótese é a de que, em sua obra recente sobre ética, o modo como Butler entrelaça reconhecimento e ação política contribui para explorarmos a relação entre a recusa da diferença na esfera pública brasileira e a invisibilidade da vulnerabilidade política de grupos e pessoas retratados como ameaças.
Judith Butler; Reconhecimento; Violência; Ética; Vulnerabilidade