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Perguntar-se pela escrita da história

On the writing of history

Não se alcança o específico da escrita da história por subtração do que não lhe seria próprio senão por comparação com o discurso que, desde os gregos, lhe é próximo: o discurso literário. Assim não se pode compreender a narrativa de Heródoto e Tucídides sem a proximidade da épica homérica e, contudo, elas pertencem a campos discursivos diversos porque são diversos seus eixos de orientação. Tal compreensão era e é dificultada pela carência teórica que os cerca. A concepção moderna de história mantém a insuficiência epistemológica constatada nos antigos. O artigo quer mostrar, que, ao não ser acompanhada de uma indagação epistemológica suficiente, a antiga distinção entre res facta e res ficta não permite o entendimento suficiente de suas proximidades e diferenças. História e literatura são discursos que não se confundem, mas não porque um fale a verdade e o outro seja fantasioso. Ambos os campos são prejudicados pela carência que, no Ocidente, acompanha as suas práticas.

História; Epistemologia; Literatura


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