O artigo mostra, mediante exemplos iconográficos, as dificuldades metodológicas de identificação de escravos em obras de arte antigas, mas, também, as possibilidades de se obter informações adicionais às fontes literárias. Ainda que, muitas vezes, sejam necessárias inscrições ou fontes escritas adicionais para se definir com exatidão o estatuto jurídico das pessoas representadas, os monumentos transportam, de maneira sutil, informação de outra qualidade sobre a relação senhor-escravo e sobre a auto-compreensão de senhores e de escravos. Algumas das obras até nos oferecem perspectivas dos próprios escravos, que nas fontes escritas são muito raras.
iconografia; tráfico de escravos; cativeiro; auto-representação; escravidão antiga