A partir da atuação do jovem Teófilo Ottoni, no contexto das disputas que levaram à abdicação do imperador Pedro I, tentamos caracterizar certos traços da linguagem e cultura políticas vigentes no período. A Sentinela do Serro, periódico editado por Ottoni entre 1830 e 1832, e hoje desaparecido, teve destacada atuação na luta pela republicanização da vida política. Neste artigo analisamos fragmentos da Sentinela transcritos em outros jornais do período e os confrontamos com as interpretações consolidadas por Ottoni em sua autobiografia política publicada em 1860. Por fim, argumentamos pela necessidade de matizar a classificação política ternária (exaltados, moderados, conservadores) geralmente utilizada para caracterizar esse momento, apontando para as limitações dessa abordagem normativa para a compreensão da especificidade da experiência republicana vivenciada por Ottoni e seus correligionários.
Regência; periodismo; republicanismo