Este artigo propõe identificar um modelo explicativo para a escrita da história de Goiás no século XIX. Este modelo implicava numa relação ambîgua em relação ao passado, revelando uma consciência histórica marcada pelo reforço do vínculo com a nação, pela negativação do período colonial e pela adoção de um critério moral para julgar o passado. Ao dialogar intensamente com a memória regional quase ao ponto de fundir-se com ela, a escrita da história de Goiás conclamava o Estado a participar da construção, não da Nação, já esboçada nos escritos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), mas da região, na esperança de reconstruir os seus vínculos identitários.
memória; historiografia; região