RESUMO
Este artigo analisa os discursos de quatro historiadores visitantes da Alemanha, no período 1877-1909, que produziram relatórios de suas excursões a universidades de diferentes estados alemães: Paul Fredericq, da Bélgica, Charles Seignobos, da França, Herbert Baxter Adams, dos Estados Unidos e Ernesto Quesada, da Argentina. Nele discutimos os significados de seminário e método motivados pela literatura sobre a identidade profissional que apresenta os dois objetos como determinantes no processo de formação de uma comunidade transnacional de historiadores na passagem do século XIX para o XX. Examinadas as fontes, concluímos que o multifacetado espaço de produção dos estados germânicos, os interesses individuais, as demandas governamentais e os contextos intelectuais, em termos de ensino superior em história, desencadearam as mais diferentes representações sobre seminário, embora os autores tenham mantido um corpo mínimo de princípios e procedimentos que reforça a ideia de que uma espécie de transnacionalização ocorreu no referido período.
seminário; método; Alemanha; ensino superior de história