Metais de solda produzidos por eletrodos revestidos básicos aglomerados com politetrafluoretileno (PTFE) têm apresentado baixíssimos teores de hidrogênio difusível e elevadas frações volumétricas de ferrita acicular. Esse estudo investigou o papel desempenhado pelo polímero na formação de tal constituinte. A microestrutura produzida por consumíveis contendo esse componente apresentou quantidades de ferrita acicular consideravelmente superiores à prevista na literatura para um metal de solda com os mesmos teores de carbono, silício e manganês. Tal diferença não pode ser atribuída a variações nos parâmetros de soldagem empregados. A análise dos elementos químicos residuais apontou o nitrogênio como sendo o principal responsável pelas discrepâncias observadas na microestrutura. O estudo das características operacionais de eletrodos classe E7018 tradicionais e aglomerados com polímero mostrou que a menor absorção de nitrogênio pelo metal de solda se deve a dois fatores principais. Medidas do teor de nitrogênio dissolvido das gotas coletadas durante a soldagem do eletrodo aglomerado com polímero demonstrou uma atmosfera protetora mais efetiva. O teor de carbono presente no metal de solda obtido pela soldagem do eletrodo com polímero apontou para uma atmosfera rica nesse elemento. Tal característica é coerente com a hipótese de uma melhor proteção gasosa. O tamanho médio das gotas coletadas, teor de nitrogênio dissolvido em função do tamanho e os oscilogramas de tensão indicaram alterações no modo de transferência metálica.
eletrodos revestidos básicos; polímeros; transferência metálica; nitrogênio; ferrita acicular