Acessibilidade / Reportar erro

Por uma semântica profunda: arte, cultura e história no pensamento de Franz Boas

O objetivo deste artigo é discutir a teoria de Franz Boas (1848-1952) sobre a arte primitiva e, assim, estabelecer um novo princípio de inteligibilidade para a análise de sua obra, tendo como pano de fundo a problematização da relação entre a(s) perspectiva(s) antropológica(s) e o domínio específico da arte e da cultura material. Com tal escopo, dois aspectos são destacados: por um lado, a ênfase boasiana no elemento formal no que se refere à delimitação do fenômeno artístico, redimesionando o simbolismo primitivo; por outro, a ênfase na padronização estilística, como correlata dos mecanismos de processamento das sínteses histórico-culturais, o que redimensiona a questão da imaginação. A discussão deste tema revela alguns dos fundamentos epistemológicos e ontológicos implicados na proposta metodológica do autor, reavalia seu posicionamento crítico em relação às teorias antropológicas anteriores, especialmente o evolucionismo social, e demonstra a originalidade da articulação entre história e ciência, por um lado, e entre as perspectivas atomista e holista da cultura, por outro.


Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS-Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Quinta da Boa Vista s/n - São Cristóvão, 20940-040 Rio de Janeiro RJ Brazil, Tel.: +55 21 2568-9642, Fax: +55 21 2254-6695 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: revistamanappgas@gmail.com