Teóricos e observadores do transnacionalismo, ou globalização, tendem a perceber o fenômeno como sendo novo e antagônico à nação territorial. Este ensaio pretende demonstrar a célebre, porém pouco compreendida, natureza transnacional e histórica de uma "nação" africana no Brasil. Busca mostrar também que as identidades negras transnacionais evoluíram em um diálogo mutuamente transformativo com a nação territorial. Portanto, longe de prognosticar a morte desta última, este e outros fenômenos transnacionais têm sido essenciais na construção da nação territorial americana.