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Um gaúcho e dezoito condores nas Ilhas Malvinas: identidade política e nação sob o autoritarismo argentino

Argumento que o apelo ao símbolo "nação" constituía o principal veículo de construção de identidades políticas na Argentina de 1955 a 1983, sob regimes autoritários e semidemocráticos que excluíam a vontade eleitoral de amplos setores do país. Para isso, apresento a história da "Operação Condor" de 1966, na qual dezoito jovens peronistas e nacionalistas desviaram para a capital das Malvinas, sob ocupação britânica desde 1833, um vôo regular para a Patagônia. Protagonistas, simpatizantes e também antagonistas dos "condores" converteram o episódio e seus efeitos imediatos em um drama quase-turneriano no qual se encontram duas histórias: a do gaúcho Antonio Rivero e sua polêmica sublevação de 1834 contra os usurpadores ingleses, e a dos "condores". A "Operação Condor" revela assim, em última instância, a confluência de duas identidades-chave na política argentina dos anos 60 e 70: o Povo e a Juventude.


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