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SEGMENTARIDADES E MOVIMENTOS NEGROS NAS ELEIÇÕES DE ILHÉUS

Partindo do pressuposto de que os processos de segmentação não se opõem necessariamente àqueles ligados ao Estado, este trabalho pretende explorar a forma pela qual as divisões segmentares que recortam grupos do movimento negro de Ilhéus podem funcionar, ao mesmo tempo, como formas de resistência e como pontos de encaixe para a atuação de mecanismos dependentes de uma lógica de Estado. Trata-se de realçar tanto os processos de "captura" utilizados pelo Estado, quanto as resistências acionadas pelas formações segmentares. De um ponto de vista teórico, trata-se de demonstrar que a aplicação a nossa própria sociedade de categorias tradicionalmente desenvolvidas para dar conta de outras culturas deve deixar de ser simples metáfora ou recurso estilístico para se converter em instrumento de observação e interpretação. Para isso, é necessário que essas categorias sejam flexibilizadas e transformadas, o que não deixa de produzir efeitos também sobre a análise dessas "outras culturas"

Segmentaridade; Política; Movimento Negro; Bahia


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