Este artigo pretende discutir o regime de funcionamento dos fluxos culturais entre um grande centro e um sistema periférico, tomando como exemplo os ambientes musicais da França e do Brasil na década de 20. As trajetórias de vida de dois personagens, o poeta e pintor francês Jean Cocteau e o compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, são tomadas como pontos de referência para atingir tal objetivo. A análise do material estudado permite demonstrar como os próprios atores sociais pertencentes à periferia acabam por subordinar-se ao julgamento dos atores sociais do centro, acatando suas definições a respeito dos critérios que definem a validade interna de suas produções.
Heitor Villa-Lobos; Cultura Nacional; Música Brasileira; Fluxos Culturais