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A (di)gestão do risco nuclear na França: o caso das Comissões Locais de Informação

No artigo, pretendo demonstrar como funcionam as Comissões Locais de Informação (CLI) que foram criadas na França com a finalidade de possibilitar o contato entre representantes das instalações industriais nucleares e as populações concernidas, que assim podem acompanhar a operação dessas fábricas. Eu argumento que sua criação permite a gestão da desconfiança (nutrida pela população para com a central nuclear), e a gestão do risco tecnológico (proporcionado pela central à circunvizinhança), a partir de critérios eleitos por seus partícipes: "neutralidade", "independência" e "desinteresse" de ação. Tais critérios são por eles considerados fundamentais para que a comunicação entre empresa e cidadãos em geral possa acontecer com sucesso, num contexto marcado pela oposição (descrita muitas vezes como "guerra") entre os adeptos e promotores da indústria nuclear, de um lado, e os que se manifestam contrariamente a ela, de outro.

Conflitos sociais na França; Participação da população; Risco nuclear


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