Este artigo propõe-se a analisar o papel das instituições de pesquisa e científicas que contribuíram, juntamente com os sindicatos e as organizações profissionais agrícolas, para modelar a identidade social do campesinato e fazer com que as explorações agrícolas fossem pensadas e geradas como uma empresa como qualquer outra. Nós nos debruçaremos, particularmente, sobre a criação e a produção da Revista Economie Rurale, seus enunciados e a identidade social de seus autores, confrontando-os com a produção intelectual difundida por outras revistas para estudar o modo como os modelos econômicos importados do universo intelectual norte-americano contribuíram para o reconhecimento de uma racionalidade econômica tida como a única via da evolução histórica.
Economia performativa; Agricultura; Categorias de percepção