Este artigo descreve a gênese da atuação dos atores implicados na constituição do universo da cooperação internacional norueguesa junto aos povos indígenas, buscando destacar o sentido da participação de antropólogos, missionários, ambientalistas e membros do povo Sami em sua elaboração. Analisa, entre outras questões, a pertinência dos marcos históricos tradicionalmente associados à formação do aparato do desenvolvimento; a relação entre este aparato e a formação de identidades nacionais e étnicas; os valores que sustentam o funcionamento da cooperação norueguesa, localizando as relações entre ideais associados a "fazer o bem", perspectivas tutelares e posições contra-hegemônicas em sua atuação; e as vinculações entre teoria antropológica e práticas voltadas à construção contemporânea de agenciamentos políticos.
Cooperação internacional; Povos indígenas; Noruega; Sami; Teoria antropológica