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Artigo bibliográfico após a (antropologia/sociologia da) religião, o secularismo?

O presente ensaio apresenta ao público brasileiro, a partir de duas coletâneas - Varieties of secularism in a secular age (2010) e Rethinking secularism (2011) - o recente debate sobre o secularismo. Os diversos autores pretendem seguir a crítica de Charles Taylor em A secular age (2007), em que questiona a tese da retração da religião das diversas esferas sociais sem que as mesmas sofram profundas alterações, isto é, ignorando seu caráter relacional. O principal argumento mobilizado é, nesse sentido, a necessidade de reavaliar a dicotomia secular/religioso, compreendendo a mútua constituição dos polos, bem como o efeito desta dicotomia em países fora do "mundo do Atlântico Norte", de tradição judaico-cristã. Diferencia-se, assim, "secularização", "secularismo" e "secular" como três fenômenos relacionados, mas não homogêneos. A proposta subjacente, de pesquisas sobre a "formação do secular", reivindica, portanto, uma análise da positividade do secular ao invés da simples ausência do religioso.

Religião; Secularismo; Talal Asad; José Casanova; Charles Taylor


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